quinta-feira, 20 de novembro de 2014

(24) Frutos da Palavra – Fazendo do lugar deserto um lugar de oração


Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a seguir os Teus passos. Que minha alma almeje por encontrar um “lugar deserto” para dedicar-me à oração, de modo que a dimensão de atividade espiritual que devo desempenhar seja relevante para as pessoas à minha volta e para a minha própria vida.

Texto semente
“Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.
Marcos 1:35
Comentário
A escritura do Novo Testamento revela com singularidade o ambiente denominado “lugar deserto”. Percebemos, pelo menos, três particularidades deste“lugar deserto”:

1) Um lugar para repouso, conforme vemos em Marcos 6:31, ocasião em que Jesus, percebendo que Seus discípulos não tinham tempo nem para comer, por serem numerosos os que iam e vinham ao Seu encontro, disse-lhes: “Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto”;

2) Um lugar sem recursos, pelo menos sob a ótica dos discípulos, conforme podemos ver em Mateus 14:15, quando eles, considerando que aquele lugar era deserto e que a hora era adiantada, disseram a Jesus: “despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer.”; e

3) Um lugar para oração, como podemos ver em Marcos 1:35, que, considerando a dimensão da atividade espiritual a ser realizada pelo Mestre, bem como o impacto desta obra nas multidões, nos discípulos e em Sua própria vida, afirma-se o seguinte sobre Jesus: “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.”

O que vemos atualmente na cristandade espalhada pela terra é a prática das duas primeiras particularidades do “lugar deserto”, ou seja, ou buscam decididamente um lugar para descanso ou praticam o desamor de despedirem as multidões, por entenderem que não possuem recursos, e assim não sem experimentam a graça de Cristo em suas vidas. Na verdade, tudo isto acontece porque falta-lhes a prática da terceira particularidade, qual seja, buscar um “lugar deserto” para orar.


A. M. Cunha

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