quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 18


No texto de Mateus 18:1-6, Jesus ensina os Seus discípulos a lidar com o egocentrismo. Eles estavam envolvidos na seguinte discussão: Quem seria o maior entre eles? Esse aspecto da discussão pode ser visto mais diretamente em Marcos 9:34 e Lucas 9:46.

De acordo com Mateus 18:2, o Senhor, para responder À indagação dos Seus discípulos sobre quem seria o maior entre eles, “chama uma criança” e a coloca no “meio deles”. Desse modo, Jesus dá um destaque muito especial às crianças e, a partir da singularidade delas, passa a ensinar os Seus discípulos a como vencerem o egocentrismo.

No Seu ensino, o Senhor diz ser necessária a “conversão” [Mateus 18:3]. Surpreendentemente, Ele acrescenta algo mais em Sua resposta, ao dizer: “e não vos tornardes como crianças”. O foco é claramente “entrar no reino dos céus”, por isso se diz: “de modo algum entrareis no reino dos céus” [Mateus 18:3]. Há, no entanto, um foco implícito: “viver na terra como criança”! Essa é uma segura forma de expressar o caráter de Cristo e evidenciar a verdadeira natureza da “conversão”. Nesse sentido, a criança torna-se “um modelo”, um “referencial” a ser seguido!

O Senhor prossegue Seu ensinamento dizendo: “aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” [Mateus 18:4]. Portanto, ser maior não se relaciona com a capacidade de comandar, mas com a disposição de se submeter! Aprofundando ainda mais o Seu ensinamento, o Senhor anuncia que o ato de receber uma criança em Seu nome é equivalente ao ato de recebê-lo [Mateus 18:5].

O Senhor, então, passa a ensinar que não se deve fazer tropeçar os pequeninos que creem nEle [Mateus 18:6]. Assim, de acordo com essa passagem do Evangelho Segundo Mateus, o Senhor faz dois importantes destaques para revelar a importância das crianças: [1] As crianças são destacadas como modelo de humildade e de vida. Isso pode ser visto na expressão: “e não vos tornardes como crianças” [Mateus 18:3]; [2] As crianças são destacadas como alvo de nosso constante cuidado, de modo a não contribuirmos para o seu tropeço. Isso pode ser visto na expressão: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho [...] [Mateus 18:6].
A. M. Cunha

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